(Artigo do biólogo Firmino Martínez publicado no nº 88 do Novas da Galiza.)
A ecologia diz-nos que a populaçom dumha espécie qualquer tende a crescer exponencialmente. Quando há poucos indivíduos aumenta a modo, acelerando-se progressiva e rapidamente com tendência ao infinito. Por serem ecossistemas e recursos finitos finalmente a natalidade acaba freada pola mortandade. Sempre é assim.
Fins do século XVIII. 1000 milhons de habitantes. Thomas Malthus agoira um iminente colapso demográfico. Ano 1900: 1600 milhons de habitantes. Ano 1950: 2500 milhons. Ano 2000: 6000 milhons. Durante mais de cem anos as previsons de Malthus nom se cumprem e sofre vilipendio desde a dereita política -ao pôr em causa a fé no progresso e o crescimento ilimitado-, como desde a esquerda -por insinuar que a miséria nom só provém da injusta distribuçom da riqueza.
Ano 1972. Umha equipa do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) publica “Os Limites do Drescimento”. Nele projectam-se as futuras tendências quanto à populaçom, aos recursos minerais, aos alimentos per cápita, à contaminaçom, à produçom industrial, etc. As previsons do MIT estam-se a cumprir com un grau de precisom aceitável. Por isso, hoje esta questom volta á actualidade.
En que errou Malthus? Em 1880 o 70% da energia usada na agricultura e indústria procedia da força muscular humana. A actividade económica estava limitada pola mesma produçom de alimentos. Malthus nom previu os efeitos da revoluçom industrial e o uso maciço dos combustíveis fósseis, um recurso barato e abundante. Actualmente o 80% da energia que usa a humanidade procede desta fonte providencial, que permitiu um incremento inimaginável da produçom industrial e de alimentos, bem como o progresso material de milhons de pessoas.
Mas levamos consumidas quase a metade das reservas e estamos perto do “pico do petróleo” (máximo de 90 ou 100 milhons de barris diários em algum momento entre 2010 e 2030), trás o que a sua produçom decairá inexorável.
Se o uso de carvom e petróleo elevou a capacidade do planeta para suportar populaçom humana, que acontecerá quando a sua produçom decrescer? Nom esqueçamos pois, os economistas tam-pouco: a nossa espécie nom vive fora das leis da física e da ecologia que dominam o resto de criaturas deste mundo.
[PS 2012-12-17]: Gail Tverberg tamén analiza as previsións de Malthus e a súa relación coa Era da Enerxía Fósil cuxo fin estamos a vivir: http://ourfiniteworld.com/2012/12/12/why-malthus-got-his-forecast-wrong/
2 reflexións sobre “O erro de Malthus”